Na segunda-feira, dia 3, Victor Linhares de Paiva foi exonerado do cargo de secretário municipal de Articulação Institucional de Teresina, dois dias antes da operação Carbono Oculto 86. Essa operação, conduzida pela Polícia Civil do Piauí, investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro que envolve a facção criminosa PCC, postos de gasolina e fintechs. A exoneração levantou suspeitas de que Linhares poderia ter vazado informações para aliados do senador Ciro Nogueira, presidente do PP.
A Polícia Civil, ligada ao governo de Rafael Fonteles (PT), já abriu um inquérito para investigar o caso. O prefeito Silvio Mendes (União Brasil), que é ligado a Ciro, alegou que a mudança era uma decisão técnica e política programada há meses. Julio Arcoverde, deputado federal do PP, assumiu a pasta deixada por Linhares. A operação Carbono Oculto 86 é um desdobramento de investigações anteriores e aponta que o esquema teria movimentado cerca de R$ 5 bilhões por meio de empresas de fachada.
Linhares é um dos alvos da operação e teve seu endereço visitado pela polícia, mas não estava presente. Outros dois alvos da operação, empresários que saíram do estado na véspera da ação, também estão sendo investigados. Informações apontam que Linhares teria recebido R$ 230 mil de um dos empresários envolvidos no esquema, o que aumentou o interesse da polícia em ouvi-lo. Em outras reportagens, o ex-secretário também foi mencionado em transações financeiras que levantaram suspeitas sobre sua relação com Ciro Nogueira.
Para quem quiser acompanhar a situação, é possível acessar as informações sobre a operação e outros desdobramentos através dos canais oficiais da Polícia Civil e do governo do estado. As próximas etapas incluem a continuidade das investigações e a realização de audiências públicas para esclarecer os fatos.