Após a operação policial no Rio de Janeiro que resultou na morte de 121 pessoas, governadores de estados que fazem oposição ao governo Lula (PT) intensificaram suas ações na área de segurança pública. Essa movimentação é vista como uma tentativa de desgastar a imagem do presidente em meio ao clima de disputa política que se intensificará até as eleições de 2026. Na última semana, políticos e governadores da direita defenderam publicamente o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), cobrando mais apoio do governo federal aos estados.

Logo após a operação, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que é pré-candidato à presidência em 2026, anunciou um reforço na segurança na divisa com o Rio e a morte de um líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) em uma ação da Polícia Civil. Zema destacou que “Minas não vai ser quintal de terrorista” em suas redes sociais. Em Santa Catarina, o governador Jorginho Mello (PL) também se manifestou, revelando que mais de 250 multas foram aplicadas a pessoas fumando maconha em praças públicas e ressaltando a contratação de 2.000 policiais penais.

A vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), comentou que o crime organizado não se estabeleceu na região e que o governo faz monitoramento constante para evitar a atuação de facções criminosas. Enquanto isso, a postura do governo Lula foi inicialmente de priorizar a aprovação de uma PEC que estabelece diretrizes de segurança a serem seguidas pelos estados. No entanto, após a operação, ministros começaram a criticar a gestão fluminense de forma mais contundente.

Para se organizar contra o crime, governadores de direita se reuniram no Rio e formaram um grupo chamado “Consórcio da Paz”, que busca articular ações de combate ao crime organizado. O apoio nas redes sociais sobre essas ações teve um aumento significativo, com Cláudio Castro liderando o crescimento de seguidores entre os gestores estaduais. Para acompanhar as discussões sobre segurança pública e a tramitação de propostas, os interessados podem acessar os sites das assembleias legislativas e acompanhar as redes sociais dos governantes.