Recentemente, a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se tornou um tema central na política em Goiás e no Brasil. Desde 4 de agosto, ele está sob prisão domiciliar, uma decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, que o impôs devido a descumprimentos nas redes sociais. Com o julgamento do primeiro embargo da defesa agendado para ocorrer entre os dias 7 e 14 deste mês, há a expectativa de que as decisões finais sobre a execução da pena aconteçam ainda este ano. Dependendo da avaliação de Moraes, Bolsonaro poderá continuar em casa ou ser transferido para um presídio, como o complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.

Os aliados de Bolsonaro expressam uma visão pessimista sobre a mobilização de apoiadores em resposta à situação do ex-presidente, comparando a atual apatia a reações anteriores, como as que ocorreram quando Lula foi preso em 2018. Enquanto Lula teve um forte apoio nas ruas e ações organizadas por seus aliados, o mesmo não tem se repetido com Bolsonaro. A última grande mobilização foi durante o 7 de Setembro, mas as manifestações subsequentes têm sido escassas. Recentemente, uma vigília em frente ao condomínio de Bolsonaro contou com apenas cerca de 40 participantes.

Além disso, interlocutores próximos ao ex-presidente mencionam que a falta de ação pode estar ligada a um desânimo entre seus apoiadores, que se sentem frustrados com a situação atual. A estratégia política do PL e a hesitação do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, em mobilizar recursos para apoiar Bolsonaro também são mencionadas como fatores que contribuem para a baixa adesão. Com Bolsonaro inelegível e a indefinição sobre um possível sucessor, a direita bolsonarista está se concentrando na pauta da anistia, ao invés de buscar alternativas mais amplas de engajamento político.