O governo federal, liderado pelo presidente Lula, investiu cerca de R$ 337 mil em uma campanha nas redes sociais para divulgar ações de combate ao crime organizado. Essa decisão ocorreu após uma operação no Rio de Janeiro que resultou em 121 mortes. O valor foi pago à Meta, a empresa-mãe de plataformas como Facebook e Instagram, para aumentar a visibilidade de duas postagens: uma que defende a PEC da Segurança, proposta pelo Ministério da Justiça, e outra que critica indiretamente a ação no Rio, afirmando que a abordagem ao crime deve ser feita com inteligência.

O investimento de R$ 337 mil foi realizado em apenas três dias, entre 29 e 31 de setembro, e as postagens alcançaram milhões de usuários nas redes sociais. Os dados sobre gastos com publicidade são fornecidos pela própria Meta em uma página de transparência. Esse tipo de campanha, conhecido como impulsionamento, é usado para que conteúdos específicos cheguem a um público maior.

A gestão do governo federal enfrenta uma pressão crescente sobre a segurança pública, especialmente em um cenário onde a direita se mobiliza em apoio ao governador do Rio, Cláudio Castro, do PL. A disputa se intensifica em meio às eleições do próximo ano e as preocupações com o impacto da situação na imagem do governo, que vinha apresentando resultados positivos. O vídeo da campanha ressalta que a solução para o crime não está em eliminar criminosos, mas sim em desmantelar as estruturas que os sustentam, citando operações passadas contra organizações criminosas.

A PEC da Segurança, enviada ao Congresso em abril, está sendo analisada na Comissão Especial da Câmara, embora sua tramitação esteja avançando lentamente. A expectativa é que a proposta seja votada em plenário até o fim do ano, com o objetivo de estabelecer diretrizes mínimas para os órgãos de segurança em todo o Brasil. Para acompanhar o andamento da PEC e outras questões relacionadas à segurança, é possível consultar a página do Congresso e acompanhar as sessões ao vivo.