No dia 30 de novembro, governadores de partidos de direita anunciaram a criação do “Consórcio pela Paz” no Rio de Janeiro, com o objetivo de articular ações no combate ao crime organizado. A iniciativa surgiu após uma operação policial que resultou em 121 mortes, a mais letal da história do Brasil. O evento contou com a presença de governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás. Por outro lado, governadores da esquerda, principalmente do Nordeste, não foram convidados e se mostraram favoráveis a uma união sem divisões.
Jerônimo Rodrigues (PT), governador da Bahia, criticou a abordagem política do debate e enfatizou a importância da cooperação entre os estados. Ele descartou o uso de momentos de tragédia para fins eleitorais e reforçou a necessidade de uma pauta unificada para o combate ao crime. Enquanto isso, Elmano de Freitas (PT), do Ceará, celebrou uma operação que resultou em sete mortes em Canindé, destacando a proteção da população, o que gerou elogios de outros governadores.
Em Brasília, a criação do consórcio foi vista com desconfiança por membros do governo Lula. A ministra Gleisi Hoffmann afirmou que os governadores que apoiam essa iniciativa estavam anteriormente contra a PEC da Segurança Pública, proposta para melhorar as diretrizes de segurança em todo o país. A tensão entre os governos estadual e federal se intensificou, especialmente com a proximidade das eleições de 2026, onde a segurança pública deve ser um tema central.
Para quem deseja acompanhar as discussões sobre segurança pública, as sessões podem ser acompanhadas pela internet e os cidadãos podem entrar em contato com os órgãos responsáveis para relatar questões relacionadas. O próximo passo para o consórcio será a tramitação e possíveis audiências públicas sobre a PEC da Segurança.