Na última quinta-feira (23), um relatório da Polícia Penal do Paraná revelou que a tornozeleira eletrônica usada por Filipe Martins, um dos réus no processo do STF sobre uma suposta trama golpista, apresentou uma falha técnica por cerca de dois minutos. O documento foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso, no sábado (25). Na terça-feira (28), Moraes solicitou mais esclarecimentos sobre essa perda de sinal do equipamento que monitora Martins, que está em prisão domiciliar em Ponta Grossa (PR).

De acordo com o relatório, o sinal do GPS da tornozeleira falhou entre 18h51min22s e 18h53min22s do dia 23. Durante esse intervalo, Martins, que foi assessor internacional de Jair Bolsonaro, permaneceu em casa. O relatório não explica o motivo da falha. Os advogados de Martins defendem que ele não pode ser responsabilizado pelo problema técnico e lembram que, em pelo menos três ocasiões, o juiz Thiago Bertuol de Oliveira, da 3ª Vara Criminal de Ponta Grossa, afirmou que ele tem cumprido todas as medidas cautelares sem violação. O juiz também mencionou que os problemas de sinal podem ser atribuídos a fatores técnicos, como o relevo da região e a localização do prédio onde Martins mora, cercado por outros edifícios.

Para quem quiser acompanhar esse caso, é possível acessar as sessões do STF pelo site oficial do tribunal. Além disso, denúncias e informações podem ser enviadas através dos canais de comunicação disponíveis na plataforma. Em relação aos próximos passos, o caso deve continuar a tramitar no STF, e o ministro Moraes pode convocar novas audiências para discutir as falhas no monitoramento e outros aspectos do processo.