Recentemente, a situação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na Câmara dos Deputados gerou polêmica. Desde março, ele está nos Estados Unidos e, segundo informações, não tem conseguido registrar sua presença ou voto nas sessões remotas. Eduardo alega que a Câmara está impedindo seu acesso, enquanto a presidência da Casa, sob Hugo Motta (Republicanos-PB), não confirmou se há realmente um bloqueio no sistema. O deputado já acumula 37 faltas em 51 sessões desde que sua licença terminou em julho, o que representa mais de dois terços de ausências. De acordo com a Constituição, a perda do mandato pode ocorrer se um parlamentar ultrapassar um terço de faltas.
Eduardo enviou um ofício a Motta em agosto solicitando a possibilidade de participar à distância, mas até o momento não obteve resposta. Em uma entrevista, ele comentou que, mesmo deputados presentes no Brasil têm conseguido votar sem estar fisicamente na Câmara, questionando por que ele não poderia fazer o mesmo. A situação se complicou ainda mais quando Motta barrou uma manobra do PL que tentava driblar as faltas, ao não aceitar a indicação de Eduardo como líder da minoria, um cargo que isentaria ausências.
Para acompanhar essa situação, os cidadãos podem acessar as sessões da Câmara online, onde é possível visualizar as votações e a presença dos deputados. A Câmara também disponibiliza um canal para denúncias e informações sobre o funcionamento das atividades legislativas. O próximo passo será acompanhar se o recurso apresentado pelo líder do PT, que pede a votação do arquivamento do processo no Conselho de Ética, será levado ao plenário. Vale lembrar que a perda de mandato por faltas só poderá ser efetivada a partir de março de 2026, quando a Câmara contabiliza as ausências do ano anterior.