Na quarta-feira (29), o ministro Guilherme Boulos, do PSOL, tomou posse como Secretário-Geral da Presidência, em Brasília. Durante a cerimônia, ele pediu um minuto de silêncio pelas vítimas da megaoperação contra a facção Comando Vermelho, no Rio de Janeiro, que resultou na morte de pelo menos 119 pessoas. Boulos comentou sobre a origem do crime organizado, citando o mercado financeiro como um dos fatores. Ele ressaltou que o presidente Lula confiou a ele a missão de fortalecer a presença do governo nas comunidades.

A posse foi marcada por discussões entre membros do governo sobre o tom do evento, dado que ocorreu logo após uma operação violenta. Apesar das sugestões para adiá a solenidade, a decisão foi manter a programação, permitindo que o presidente Lula se posicionasse sobre a situação. No entanto, ele não fez comentários diretos sobre a operação, o que gerou tensões entre o governo fluminense, comandado por Cláudio Castro (PL), e a administração federal, com críticas à atuação do governo federal em segurança pública.

A cerimônia reuniu várias figuras do governo e da sociedade civil, incluindo 17 ministros e representantes de movimentos sociais. Boulos assume o cargo em um momento em que os desafios em segurança pública são destaque, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando. A expectativa é que Boulos trabalhe para estreitar laços com movimentos sociais, principalmente entre a juventude, e que sua atuação seja fundamental para a imagem do governo nas periferias.

Para quem quer acompanhar as atividades da Secretaria-Geral, é possível acessar documentos e informações pelo site oficial do governo e pelas redes sociais. Também é importante ficar de olho nas próximas audiências públicas e na tramitação de propostas relacionadas à segurança pública, que devem ser temas centrais nas discussões políticas nos próximos anos.