No último domingo (26), o presidente Lula se encontrou com Donald Trump em Kuala Lumpur, na Malásia, para discutir as tarifas impostas sobre produtos brasileiros. O encontro gerou uma série de reações de diferentes grupos políticos no Brasil, especialmente entre os aliados de Jair Bolsonaro. Durante a reunião, Trump elogiou tanto Lula quanto Bolsonaro, o que fez com que cada lado tentasse interpretar a situação de acordo com seus próprios interesses.

A reunião trouxe à tona a tensão entre os bolsonaristas, que reconheceram o desconforto com o avanço nas negociações lideradas por Lula. O deputado federal Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA desde março, criticou a abordagem do governo brasileiro e apontou que, mesmo após várias reuniões, ainda não houve progresso nas discussões sobre tarifas. Por outro lado, a cientista política Juliana Fratini comentou que os aliados de Bolsonaro estão em uma posição delicada, pois criticar Trump poderia prejudicar suas articulações internacionais.

Na noite de sábado (25), apoiadores de Eduardo começaram a se mobilizar nas redes sociais para defendê-lo, destacando seu trabalho nos bastidores. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, considerou o encontro entre Lula e Trump positivo, enquanto a esquerda destacou a habilidade diplomática do atual presidente. O deputado Rodrigo Rollemberg, por exemplo, afirmou que o encontro foi um passo importante para restabelecer o diálogo entre Brasil e Estados Unidos.

Para quem quiser acompanhar mais sobre o assunto, as sessões do Congresso Nacional podem ser acompanhadas online e há canais de denúncia disponíveis para o público. Além disso, projetos relacionados às tarifas devem passar por audiências públicas e tramitação na Câmara, com agendas de votação a serem definidas nas próximas semanas.