Na última terça-feira, a Justiça do Rio de Janeiro absolveu sete pessoas acusadas pela tragédia ocorrida em fevereiro de 2019 no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, onde dez adolescentes perderam a vida em um incêndio. O juiz Tiago Fernandes Barros argumentou que não havia provas suficientes para responsabilizar os réus, que enfrentavam os crimes de incêndio culposo e lesão grave. Naquela noite fatídica, 26 atletas dormiam em contêineres improvisados quando o fogo começou devido a uma falha em um ar-condicionado. Além das dez vítimas, três jovens ficaram feridos.
A Associação dos Familiares de Vítimas do Incêndio do Ninho do Urubu (Afavinu) expressou seu descontentamento com a decisão e pediu que o caso seja revisado em instâncias superiores. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) também anunciou que vai recorrer da absolvição. A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) informou que o Flamengo ainda responde a um processo civil, onde é solicitado um valor mínimo de R$ 20 milhões em indenização às famílias das vítimas.
Ainda não há um pronunciamento oficial do Flamengo sobre a decisão judicial. A Afavinu, em nota, ressaltou que a Justiça deve ter um papel pedagógico para prevenir novas tragédias e que o sentimento de impunidade é um golpe à memória dos jovens que sonhavam em ser atletas. Para acompanhar os próximos desdobramentos do caso, é importante seguir os canais de comunicação do Flamengo e dos órgãos de justiça.
Os familiares seguem lutando por justiça e por medidas que garantam a segurança dos jovens atletas em todos os clubes do Brasil, para que episódios como esse não se repitam. A mobilização da sociedade é fundamental para que a memória dos dez adolescentes não seja esquecida.