Recentemente, aliados de Jair Bolsonaro, do PL, expressaram preocupação com a capacidade do presidente Lula, do PT, de se beneficiar politicamente do avanço nas negociações com os Estados Unidos. A conversa entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, na quinta-feira, dia 16, foi vista como um passo importante para discutir a possibilidade de redução de tarifas comerciais que afetam produtos brasileiros, como o café. Embora não haja garantia de uma diminuição imediata nas taxas, o governo brasileiro acredita que este encontro possa abrir caminho para negociações mais efetivas.
A expectativa é que, mesmo entre os opositores, as tratativas avancem até o final do ano, o que poderia pressionar os setores empresariais e políticos que apoiam Bolsonaro a apressar o anúncio de um candidato que possa sucedê-lo. Com Bolsonaro inelegível, após ser condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão, o debate sobre quem poderia liderar a direita nas próximas eleições se intensifica. O nome mais comentado é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, que ainda nega interesse em uma candidatura ao Planalto.
Nos bastidores, aliados de Bolsonaro tentam controlar a pressão para que ele anuncie um sucessor, argumentando que não há pressa e que um anúncio precipitado poderia ser mal visto. Além disso, o ex-presidente ainda enfrenta questões judiciais e de saúde que dificultam uma decisão nesse sentido. As conversas políticas ainda ocorrem, embora com menos frequência, e a sucessão presidencial é um tema delicado entre os bolsonaristas. O prazo para que um candidato seja definido se estende até abril, próximo ao fim da janela partidária, mas a situação de Bolsonaro e as incertezas judiciais tornam o futuro político do grupo bastante nebuloso.