Nos últimos anos, a discussão sobre a destinação de recursos para o meio ambiente no Brasil ganhou destaque, especialmente quando comparada ao apoio financeiro de países estrangeiros. Desde 2015, o Congresso Nacional alocou cerca de R$ 520 milhões ao Ministério do Meio Ambiente por meio de emendas parlamentares. Em contrapartida, a Noruega, por exemplo, contribuiu com R$ 1,75 bilhão para o Fundo Amazônia, que visa financiar ações de proteção e preservação da floresta. Essa diferença é significativa, considerando que os recursos noruegueses representaram 87,5% do total recebido pelo fundo nos últimos dez anos.
O Fundo Amazônia, criado em 2009, já arrecadou R$ 4,5 bilhões, com R$ 1,8 bilhão já investidos em 119 projetos de sustentabilidade na Amazônia Legal. A Noruega lidera as doações internacionais, seguida pela Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido. Enquanto isso, a Petrobras, única fonte nacional, contribuiu com apenas R$ 17 milhões. Especialistas apontam que a dependência de recursos internacionais para a proteção do meio ambiente é uma realidade histórica no Brasil, com menor investimento governamental na área ao longo das décadas.
Para quem deseja acompanhar as discussões e decisões sobre meio ambiente, as sessões do Congresso podem ser acessadas online, e há canais de denúncia para irregularidades. A divulgação de informações sobre o andamento de projetos e emendas também é feita por meio dos sites oficiais dos ministérios. A expectativa é que o Congresso reveja a alocação de recursos para o setor ambiental, especialmente com a agenda de sustentabilidade em alta. Audiências públicas e discussões sobre o orçamento e prioridades ambientais devem ocorrer nas próximas semanas, com o objetivo de sensibilizar os parlamentares para a importância do financiamento adequado na proteção da Amazônia e de outros biomas.