O CAS (Corte Arbitral do Esporte) confirmou a exclusão dos ginastas israelenses do Mundial de Ginástica, que acontece em Jacarta, Indonésia, de 19 a 25 de outubro. A decisão foi divulgada na última terça-feira, dia 14, após as autoridades indonésias negarem vistos aos atletas. A federação de ginástica de Israel recorreu ao CAS, pedindo que a FIG (Federação Internacional de Ginástica) garantisse a participação dos ginastas ou, caso contrário, transferisse ou cancelasse o evento. As solicitações, no entanto, foram negadas.
O CAS está analisando um dos recursos da federação israelense, que inclui seis atletas classificados, entre eles Artem Dolgopyat, campeão mundial e medalhista de ouro no solo nas Olimpíadas de Tóquio 2020. A federação argumenta que a FIG deveria agir em caso de recusa de vistos, alegando que essa situação representa discriminação. Por outro lado, a FIG defende que não tem poder para emitir vistos para a Indonésia, e a decisão das autoridades locais está além de sua jurisdição.
A negativa de vistos foi justificada pelo ministro indonésio de Assuntos Jurídicos e Direitos Humanos, Yusril Ihza Mahendra, que afirmou que o país não terá relações com Israel até que este reconheça uma Palestina soberana. Essa postura já havia levado a Indonésia a desistir de sediar os Jogos Mundiais de Praia em julho de 2023 e a perder a sede da Copa do Mundo sub-20 em março do mesmo ano, após pressão local contra a presença israelense.
Os fãs que querem acompanhar o Mundial de Ginástica podem conferir as transmissões pela internet e pelas redes sociais da FIG. As próximas etapas do evento estão previstas para começar em poucos dias, e a expectativa é que, apesar das controvérsias, a competição ocorra conforme o planejado.