Na última semana, uma pesquisa da ONG More in Common revelou detalhes sobre a divisão política no Brasil, mostrando que a polarização é bem menos intensa do que parece. O estudo identificou que apenas 10% da população está engajada nas discussões políticas extremas, divididos entre a esquerda e a direita. Os dados indicam que 54% dos brasileiros se encaixam em um grupo que os pesquisadores chamaram de “invisíveis”, ou seja, pessoas que não se identificam com as narrativas tradicionais e estão distantes do ativismo político.
Os “invisíveis” são, em sua maioria, desengajados e cautelosos, e suas opiniões estão mais alinhadas com os conservadores tradicionais, dependendo de fatores como renda e escolaridade. Já os grupos mais ativos, os “progressistas militantes” e os “patriotas indignados”, representam apenas 11% da população. A pesquisa também destacou que os progressistas são geralmente mais ricos, educados e menos religiosos em comparação com os outros grupos.
Os dados levantados chamam a atenção para a necessidade de uma conexão maior entre os partidos e a população em geral. Em 2022, os partidos de esquerda obtiveram cerca de 20% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados, refletindo a dificuldade que essa linha política enfrenta para se aproximar da maioria. O economista francês Thomas Piketty já havia notado essa relação em sua pesquisa, associando alta escolaridade a votos em partidos socialistas.
Para quem quiser acompanhar mais sobre a política em Goiás, é possível acessar as sessões da Assembleia Legislativa e consultar documentos oficiais nos sites das instituições. A fiscalização e a participação em audiências públicas são maneiras de se manter informado e influenciar as decisões. O cenário político continua a evoluir, e será importante observar como os partidos se adaptam para conquistar apoio popular nas próximas eleições.