Recentemente, associações de oficiais da Polícia Militar de vários estados se uniram para apoiar sete policiais militares do Distrito Federal que aguardam julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento nos eventos de 8 de janeiro de 2023. A articulação ganhou força após uma assembleia em junho da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais, que reúne oficiais de todas as 27 unidades da federação. O coronel da reserva Leonardo Moraes, presidente da Asof-DF, destacou que muitos na categoria hesitam em se manifestar, mesmo que estejam desconfortáveis com a situação dos colegas.
Os manifestos de apoio vieram de entidades de São Paulo, Amazonas e Santa Catarina, todas sob governos considerados de direita. Entre as associações que assinaram os documentos, a Defenda PM, de São Paulo, é conhecida por seu alinhamento ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma nota, a entidade afirmou que os policiais estão passando por um processo que fere princípios constitucionais básicos, criticando a forma como o julgamento está sendo conduzido. O coronel Luiz Gustavo Toaldo Pistori, presidente da Defenda PM, enfatizou que a discussão não é sobre a culpabilidade dos policiais, mas sobre o tratamento desigual em relação a outras forças de segurança.
O julgamento dos sete policiais já foi adiado três vezes pelo STF, sem novas datas definidas. O grupo inclui ex-comandantes da PM de Brasília e outros oficiais que estavam em funções de destaque durante os eventos de janeiro. A Asof-DF expressou preocupações sobre o impacto do julgamento sobre os oficiais, questionando a responsabilidade atribuída a eles em comparação com a cúpula da corporação. Para quem quiser acompanhar o caso ou se informar sobre o andamento, as sessões do STF estão disponíveis online, e documentos oficiais podem ser acessados no site do tribunal.