Na última segunda-feira (29), o ministro Edson Fachin tomou posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), dando início a um novo ciclo no Judiciário. Junto a ele, os presidentes dos outros tribunais superiores, como Herman Benjamin do STJ e Cármen Lúcia do TSE, também estão no comando, formando um grupo que, segundo analistas, tende a se distanciar das influências políticas de Brasília. O foco de Fachin, que vai comandar o STF e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelos próximos dois anos, será em questões internas, como a definição de pautas e a construção de consensos em processos.

Durante a cerimônia de posse, Fachin optou por um evento discreto, servindo apenas água e café, em vez de participar de grandes celebrações. Essa escolha reflete seu estilo conciliador e sua intenção de dar um prestígio igual à defesa dos vulneráveis, chamando o chefe da Defensoria Pública da União para ocupar um lugar de destaque ao lado de outras autoridades. Fachin pretende adotar uma postura de austeridade e reduzir gastos, embora isso enfrente resistência entre os juízes, que podem ver suas medidas como impopulares.

O novo presidente do STF também terá que lidar com a complexidade de fortalecer a Justiça do Trabalho, que tem enfrentado desafios significativos, como a proposta de pagamento retroativo a juízes substitutos. A discussão sobre a remuneração dos magistrados foi um tema levantado por outros presidentes de tribunais, que destacaram a necessidade de cautela ao abordar salários, ressaltando que o foco deve ser a sociedade. Para se manter informado sobre as atividades do STF e outros tribunais, os cidadãos podem acompanhar as sessões pelo site oficial e utilizar canais de denúncia para questões relacionadas à justiça. A próxima reunião do STF está prevista para a próxima semana, onde serão discutidas as pautas prioritárias da nova gestão.