Os canhotos têm se destacado em esportes individuais como esgrima e tênis, e uma nova pesquisa pode explicar essa vantagem. Tim Simon, da Universidade de Trento, analisou o desempenho de atletas canhotos em comparação com destros e descobriu que, além da falta de familiaridade, pode haver uma vantagem inata. Publicada na Royal Society Open Science, a pesquisa analisou mais de uma década de competições em badminton, tênis de mesa, tênis e esgrima.

Os dados mostram que, entre os melhores esgrimistas masculinos, a quantidade de canhotos aumenta em níveis mais altos. Por exemplo, 18% dos 200 melhores esgrimistas de espada são canhotos, e esse número sobe para 28% entre os 100 melhores. O mesmo acontece no florete, onde 23% dos melhores se destacam, subindo para 31% no grupo seleto. Em contraste, esportes como tênis e badminton não apresentaram essa mesma tendência.

Simon sugere que a diferença se deve ao tipo de movimentos exigidos em cada esporte. Na esgrima de florete e espada, os atletas fazem estocadas rápidas, enquanto o tênis de mesa também exige agilidade em movimentos curtos. Esses fatores, segundo ele, podem estar relacionados ao uso do hemisfério direito do cérebro, que é mais ativo em canhotos e ajuda na percepção visual e na resposta motora. Embora os benefícios sejam pequenos, no alto nível, cada fração de segundo conta.

Para quem quer acompanhar essas competições, as próximas partidas de esgrima e tênis estão marcadas para as próximas semanas. Os fãs podem conferir os canais oficiais de transmissão e adquirir ingressos pela internet. As classificações e tabelas atualizadas estão disponíveis nos sites das respectivas federações. Assim, os torcedores podem ficar de olho nas performances desses atletas que, mesmo em um mundo majoritariamente destro, continuam a brilhar.