Nesta quinta-feira (25), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), comentou sobre a situação da PEC da Blindagem, afirmando que o Senado estava ciente das articulações para aprovar a proposta, mas negou qualquer traição da Casa ao rejeitar a medida. Motta também se referiu ao projeto de redução de penas para condenados por golpismo, relatado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), e destacou que precisa de mais tempo para decidir se vai colocar esse projeto em pauta.
A derrubada da PEC da Blindagem pelo Senado, logo após sua aprovação na Câmara, gerou tensão entre as duas Casas e abalou a imagem de Motta, até mesmo entre seus aliados. Relatos indicam que a relação entre Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), se deteriorou, com Alcolumbre não atendendo chamadas do deputado. Embora tenham se encontrado em um jantar recente, não discutiram a PEC, segundo Motta. O clima de desconfiança entre os dois lados do Congresso se intensificou, com acusações sobre acordos não cumpridos.
Paulinho da Força alertou que a instabilidade no Congresso precisa ser resolvida para que a votação do projeto de redução de penas, que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos em atos golpistas, avance. Ele busca apoio de várias bancadas, como PSDB e PP, apesar da oposição de partidos como PT e PL, que defendem uma anistia ampla. Motta deixou claro que precisa entender melhor a posição da Câmara antes de decidir sobre a pauta do projeto.
Para quem deseja acompanhar as discussões e decisões do Congresso, é possível acompanhar as sessões pela TV Câmara e pelo site oficial da Câmara dos Deputados, onde também estão disponíveis documentos e informações sobre as propostas em tramitação. A expectativa é que o tema da redução de penas seja debatido nas próximas semanas, mas Motta reforçou a importância de um diálogo constante entre as Casas para que os interesses da população sejam atendidos.