Recentemente, integrantes do centrão, liderados pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), chegaram a um acordo sigiloso com ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) como alternativa à anistia ampla para aqueles condenados por tentativa de golpe de Estado. O acerto, que ainda é negado publicamente por alguns ministros, envolve a votação de um projeto que visa reduzir penas relacionadas a esses atos, permitindo que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpra pena em casa, mas sem considerar a ideia de um perdão total pelos crimes julgados pelo STF.

Durante as negociações, que contaram com a presença de políticos do centrão e ministros do tribunal, ficou claro que a aprovação do projeto depende do apoio dos bolsonaristas. O partido de Bolsonaro insiste em uma anistia total, que o tiraria da prisão, mas essa proposta enfrenta resistência. Ministros do STF já expressaram descontentamento com a possibilidade de um regime de urgência para aprovar a anistia. Em resposta, Motta separou o projeto que era defendido pelos bolsonaristas de um novo texto, que deve ser modificado para alinhar-se mais com a visão do STF.

Para quem quiser acompanhar esse processo, as sessões da Câmara estão disponíveis ao público e podem ser acessadas online. Canais de denúncia e informações sobre o andamento dos projetos estão disponíveis nos sites oficiais do Congresso. Os próximos passos incluem a tramitação desse novo projeto, que deve passar por modificações antes de ser protocolado. A proposta deve ser discutida em audiências públicas, e a expectativa é que a votação ocorra em breve, mas o clima ainda é de incerteza em relação ao apoio necessário para sua aprovação.