No último domingo (14), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a prisão domiciliar pela primeira vez desde sua condenação por cinco crimes relacionados a uma tentativa de golpe de Estado. Ele foi ao hospital em Brasília para realizar procedimentos médicos em lesões na pele. A saída foi acompanhada por uma escolta da Polícia Penal do Distrito Federal, que fez vistorias no carro de Bolsonaro antes da liberação. O ex-presidente estava acompanhado dos filhos, Carlos e Jair Renan, e cerca de 20 apoiadores o aguardavam na entrada do hospital, onde ele entrou por volta das 8h da manhã.
Durante a visita ao hospital, a segurança foi reforçada, com policiais militares monitorando a entrada de veículos. Bolsonaro recebeu anestesia para os procedimentos e, ao meio-dia, o hospital informou que ele estava em recuperação. Carlos Bolsonaro criticou o forte policiamento, chamando a situação de um “circo armado”. Ele se manifestou nas redes sociais, afirmando que a presença de tantos policiais visava humilhar seu pai.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, mas deve começar a cumprir a pena apenas após o esgotamento dos recursos de defesa, o que pode ocorrer entre outubro e dezembro, segundo estimativas do STF. A saída para os procedimentos médicos foi solicitada por seus advogados, que indicaram a necessidade de remover lesões na pele, sendo uma delas uma pinta benigna e outra com natureza indefinida. A autorização para a saída foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, que também estabeleceu que Bolsonaro deve apresentar ao STF um atestado médico em até 48 horas após o procedimento.
Para quem deseja acompanhar as atualizações sobre o ex-presidente, é possível acompanhar as sessões do STF e consultar documentos oficiais no site do tribunal. A defesa de Bolsonaro pode solicitar a manutenção da prisão domiciliar com base nos laudos médicos, o que tem sido discutido nas últimas semanas em função das condições de saúde do ex-presidente.