Na quinta-feira (11), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por tentar um golpe de Estado e outros crimes associados. O julgamento, que começou na terça-feira anterior, também resultou na condenação de sete outros réus envolvidos na mesma trama. Segundo uma pesquisa do Datafolha, realizada em 113 cidades entre 8 e 9 de agosto, 50% dos brasileiros apoiam a prisão de Bolsonaro, enquanto 43% são contra. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.
Desde abril, a opinião pública sobre a prisão de Bolsonaro tem mostrado certa estabilidade. Naquele mês, 52% das pessoas eram a favor da detenção, e 42%, contra. Em julho, os números ficaram mais equilibrados, com 48% a favor e 46% contra. O apoio à condenação é maior entre os nordestinos, com 62% a favor, e também entre os jovens de 16 a 24 anos e católicos, ambos com 56% de aprovação. Um ponto que mudou foi a percepção sobre a possibilidade de que Bolsonaro não fosse preso; antes, em abril, 52% acreditavam que ele escaparia da pena, mas esse número caiu para 50% antes do veredicto.
A prisão de Bolsonaro deverá ocorrer em regime fechado, após a fase de recursos, que, segundo especialistas, provavelmente não o livrará da cadeia. O juiz responsável, Alexandre de Moraes, ainda não definiu o destino do ex-presidente, que pode ser enviado ao complexo penitenciário da Papuda, a uma unidade da Polícia Federal ou, em uma situação menos provável, a uma instalação militar. A defesa de Bolsonaro poderá solicitar a progressão para prisão domiciliar, que ele já estava cumprindo desde 4 de agosto por descumprimento de medidas cautelares. Para acompanhar o desdobramento desse caso e outros assuntos relacionados, cidadãos podem acessar o site do STF e acompanhar as sessões ao vivo.