O mercado global de cards esportivos, que está avaliado em quase US$ 50 bilhões, se transformou em um verdadeiro campo de batalha entre duas gigantes: a Fanatics e a Panini. Essa disputa acirrada começou em 2022, quando um número significativo de funcionários da Panini decidiu migrar para a Fanatics, que já tinha firmado contratos de longo prazo com ligas renomadas como NBA, NFL e MLB. Com essa manobra, a Fanatics deixou a Panini sem acesso a alguns dos seus principais direitos. A Panini, por sua vez, não ficou calada e acusou a concorrente de práticas anticompetitivas, pedindo bilhões em indenização, enquanto a Fanatics nega qualquer irregularidade, afirmando que está apenas oferecendo melhores negócios.

A história da Panini remonta à Copa de 1970, quando começou a fabricar álbuns de figurinhas. Desde os anos 2000, a empresa ampliou sua presença nos Estados Unidos e, em 2024, chegou a faturar mais de US$ 1 bilhão, graças às suas exclusividades na NBA e NFL. Durante a pandemia, o colecionismo de cards se tornou super popular, especialmente com influenciadores mostrando aberturas de pacotes ao vivo, o que atraiu uma nova geração de fãs. No entanto, os contratos da Panini com a NBA e a NFL foram perdidos para a Fanatics, que agora controla esses direitos por até 20 anos.

Enquanto isso, a Fanatics continua expandindo seu império, adquirindo a Topps e lançando sua subsidiária Fanatics Collectibles. A empresa já fez propostas de mais de US$ 2 bilhões para assumir contratos da Panini e está determinada a dominar o mercado. A batalha judicial entre as empresas promete ser longa, com a Panini buscando um acordo e a Fanatics querendo uma decisão final no tribunal. Para quem está interessado em colecionar, é bom ficar de olho nas novidades, já que os preços dos cards estão nas alturas, com algumas edições raras alcançando valores impressionantes.