Neste domingo (7), o pastor Silas Malafaia fez declarações polêmicas durante uma manifestação em São Paulo, afirmando ser alvo de perseguição por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele também criticou o presidente Lula, chamando-o de traidor da pátria e elogiou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por suas articulações no Congresso sobre anistia. Malafaia pediu que políticos parassem de especular sobre possíveis candidatos à presidência, defendendo que a discussão deveria focar no ex-presidente Jair Bolsonaro.
O pastor, que é líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e próximo de Bolsonaro, mencionou que foi incluído em uma investigação sobre tentativas de obstrução do processo relacionado a atos golpistas. Em agosto, ao retornar de uma viagem a Portugal, ele teve seu passaporte e celular apreendidos pela Polícia Federal. Malafaia, crítico de Moraes, descreveu a operação como uma forma de perseguição religiosa, alegando que há quatro anos faz denúncias contra o ministro em diversas manifestações.
A Polícia Federal revelou que Malafaia estava em contato com outros investigados e que suas ações visavam coagir membros do Judiciário para proteger interesses de um grupo criminoso. Em mensagens trocadas com Bolsonaro, o pastor criticou o deputado Eduardo Bolsonaro, considerando suas ações prejudiciais e chamando-o de “babaca”. Ao ser abordado pela imprensa, Malafaia se descreveu como um aliado de Bolsonaro, mas não um “bolsominion”, e lamentou o silêncio de outras lideranças religiosas em relação ao que considera uma perseguição.
Para quem deseja acompanhar essas questões, as sessões do STF podem ser acessadas online, e denúncias podem ser feitas por meio dos canais oficiais da Polícia Federal. O desdobramento desse caso ainda deve ser monitorado, especialmente em relação a novas audiências e a tramitação do inquérito investigativo.